10.6.17

por entre multidões de palavras, percorria com os olhos à procura de uma única palavra-chave para me desfazer por completo e pensar que estaria correcta quanto a pensamentos que me fogem pelas mãos. ora que, não encontrando semelhante palavra-chave, saberão lá os deuses do além o porquê, comecei a pensar para mim "despeja mais sentimentos do que aqueles que pensei que fosse encontrar". após outros posts pensei ainda "até que há umas semelhanças comigo". mas rapidamente rectifiquei esse pensamento para "têm tanto em comum, encaixam-se perfeitamente e partilham tantos gostos", e isto só a ver referências a músicas e filmes. assustada com tal consciência, tratei logo de repensar em tudo e, meditando num texto anterior, conclui: "se és assim tão boa no que fazes, como estava a pensar há bocado, não seria fácil de te substituírem no teu trabalho, logo não serias despedida". 

aonde quero chegar com isto...?
aqui há uns meses, numa conversa com o H., lembro-me perfeitamente de ler "só tens de ser a melhor na vertente x da tua área". a minha questão foi exactamente como ser a melhor se existem sempre, e sempre existirão, pessoas melhores do que eu. isto não passa por eu dar o melhor de mim, passa por ter aptidões (ou como a minha mãe diz, nascer com o rabo virado para a lua). há quem tenha mais jeito para umas coisas do que para outras, e quem tem jeito e dedica-se a isso, sai-se sempre bem. 

há quem não tenha jeito para nada, como eu, e se dedique uma vida inteira a algo de que gosta e não chegue a fazer isso tão bem como quem nasceu com jeito para a mesma coisa. 

então... agora reflicto que não devo olhar para a substituição de alguém como uma coisa negativa. as pessoas são substituídas porque, como em tudo, às vezes não são boas o suficiente. e não há nada de errado em assumir isso... 
errado está que eu peguei nisso para pensar negativamente sobre alguém só porque as questões positivas começaram a incomodar-me. a razão para este último acontecimento... é outra históra. 

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