30.12.20

são dedos distorcidos pela água, pela ilusão dos movimentos. que ano mais rápido, mais parado, preocupante. olhamos para ele e tem tanto de mau como tem de inactivo. ou trabalhoso. já nem sei e custa a perceber o que se passou, mas lembro-me vivamente do fim de ano de 2019, que juro que nem passou um ano desde esse dia. ainda bem que ninguém acredita nesta jura.
os meus últimos meses de teletrabalho têm sido estranhos. desde o seu início que sinto que consigo progredir no trabalho mas acabo por me perder noutras coisas que sinto a falta a longo termo. as séries andam todas tão atrasadas. os filmes são muito pouquinhos e já nem vejo os filmes bons. deixei de ter tempo para reflectir em muita coisa que se passa à minha volta - e vai daí que o pobre do blog deixa de ter as minhas resmunguices, memórias e reflexões. já nem me dou com pessoas reais - o que são essas coisas de duas pernas e dois braços que por aí andam? aliens, aposto!
não tenho algo de extremamente importante a retirar deste ano, nem destes últimos dias que me stressaram, excepto que apanhei uns sustos a meio do ano que quero que não se repitam. ah! o estágio, o teletrabalho... sim, é importante e, provavelmente, a única coisa positiva que me consigo recordar. a vida são aventuras e desaventuras. provavelmente os anos pares simplesmente gostam de ser maus. agora é só piscar os olhinhos e recomeçar. recomeçar como se recomeça todos os dias. 

(é uma canseira)

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